14 de nov. de 2011

Pânico” estica novela sobre “Jô Suado” e conta final do livro de Jô Soares

Por Mauricio Stycer - UOL Blogosfera


Com a habilidade de sempre, mas agora com requintes de crueldade, o “Pânico na TV” voltou neste domingo a atacar o apresentador Jô Soares, acusado de um crime inafiançável: ter desprezado o humorista Marvio Lucio, o Carioca, que o imita no programa.

Desde que Carioca prometeu não mais fazer o personagem “Jô Suado”, dizendo-se ofendido por Jô Soares ter se recusado a dar uma entrevista a ele, o dominical da RedeTV! explora o caso em ritmo de novela.

Neste domingo, o terceiro seguido em que o “fim de Jô Suado” é tema, Jô Soares sofreu ataque triplo. Primeiro, foi chamado de “cínico” por ter dito, em entrevista ao programa “Roda Viva”, que gosta da imitação que Carioca faz dele. Num quadro de sete minutos, os coadjuvantes da paródia assistiram à entrevista, comentando e criticando o apresentador da Globo.

Depois, por 13 minutos, outro personagem do “Pânico”, “Marília Gabriherpes”, interpretada pelo humorista Ceará, ocupou o lugar de Jô Suado e fez as honras do quadro, como se ele não tivesse acabado.

Por fim, o apresentador Emilio Surita e o humorista Marcos Chiesa, o Bola, conversaram sobre o mais recente livro de Jô Soares, o romance policial “As Esganadas”, e fizeram a “gentileza” de contar o final da história.

A julgar pelos comentários no Twitter, a reação a esta “promoção” do “Pânico” foi bastante negativa. De cada dez menções na rede social ao fato, contei oito de condenação e duas de aprovação.

[COMENTÁRIO: É até chato voltar à falar destas novelinhas do Pânico. Aliás, ultimamente Pânico e novela já são quase sinonimos. Na verdade, o que me chamou à atenção foi o Stycer usar esta expressão também: novela. Quando surgiu, o Pânico tinha algo muito interessante: incomodar de fato os artistas, fazer as perguntas chatas (que geralmente não são feitas). Enfim .. cutucar, sacanear, ridicularizar. Com o tempo, o Pânico acabou virando uma caricatura de si mesmo. Não dá mais pra fingir que eles são "caras pobres e desconhecidos" mexendo com as estrelas da Globo. Hoje eles são também estrelas. Talvez por isto esta "novelinha" com o Jô não tenha a mesma repercussão que antes, ainda no tempo das 'Sandálias da Humildade". Por que? Simplesmente porque desta vez não parece ser real. Simplesmente porque desta vez parece muito menos uma questão de humor e muito mais uma questão de ego (da mesma forma que fazem com o Zeca Camargo). E assim seguiremos por mais algumas semanas. Mesmo sem ser nenhum vidente, dá pra prever boa parte (se não todos) os quadros do próximo domingo. É o que podemos chamar de processo de "novelização" do Pânico. Um triste fim para um programa que, um dia, foi tão bacana e inovador]
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