13 de jan. de 2012

Pânico repensa rumos em 2012

FLAVIO RICCO - UOL TV


Exame de consciência

O “Pânico” não conseguiu repetir em 2011 as audiências de anos anteriores. O programa esbarrou em dois velhos dos seus mais antigos problemas, a mesmice e o excesso de violência em alguns quadros.

Os responsáveis pela atração entendem que muita coisa deve ser repensada para esta nova temporada, inclusive no que diz respeito aos seus participantes.

COMENTÁRIO: Bem pontuado pelo Flávio Ricco. Vai no mesmo sentido do que o Alberto Pereira Jr tinha comentado anteriormente. A minha opinião continua e mesma. Em primeiro lugar, é preciso reconhecer que não é fácil completar 8 temporadas na TV e se manter "fresco". Em segundo lugar, se faça a seguinte pergunta: quantos quadros do Pânico estão praticamente iguais já á muito tempo? Mudam os nomes, os personagens mas a pegada da coisa é rigorosamente ... a mesma. "Novelinhas", "Gostosas na praia", "gostosas nas festas", "eventos de famosos" e "brincadeiras Jackass": qual porcentagem do Pânico acabamos de descrever? Pois é. Se pensarmos que já á partir de 2008 uma nova geração de humoristas vindos do stand-up começa á chegar a televisão; e que 2011 foi sem dúvidas a consolidação desta geração na telinha; fica bastante claro que o Pânico perdeu o bonde. E faz tempo. O programa não conseguiu incorporar estas novas formas de fazer humor ao seu repertório. E o pior: quase não tentou. A maior prova disso foram as rápidas passagens de Paulinho Serra e Fabio Rabin pelo programa. Sem espaço, acabaram mais tarde estrelando o Comédia MTV. 

Na verdade, o Pânico de hoje vive da exploração de um modelo de muito sucesso ... de ontem. É possível inclusive que permaneça mais alguns anos no ar assim. O óbvio é que todo formato tem limites e prazo de validade. Por tanto, ou o Pânico investe em formas e formatos para explorar estas "novas formas" de humor ou então vai viver mais algum tempo ás custas de um modelo esgotado. Comparação simples: enquanto o CQC, em 3 anos, se espalhou pela programação da BAND (A Liga, Formigueiro, Agora é Tarde) em formatos bem diferentes entre si, o Pânico, em 8 anos, não conseguiu mais que uma reprise na grade da Rede TV. A questão que fica é: por quê?

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