Legendários: Desfigurado em relação à proposta original, que já era ruim, o programa de Marcos Mion encontrou em 2011 a receita para levantar a audiência: ficar pior ainda. O apresentador se esqueceu da proposta de “tentar mudar o mundo” e investiu na exibição exaustiva de imagens dos programas da Record. Elcio Coronato, astro do “jornalismo justiceiro”, conseguiu apanhar de um entrevistado. Ele se justificou dizendo que faz “testes comportamentais”.
[COMENTÁRIO: Legendários é um caso á ser estudado. O programa já nasceu com uma espécie de "envelhecimento precoce": por um lado explorava antigos quadros de Marcos Mion da época de MTV e por outro propunha um "humor bom moço" na total contramão do que se faz hoje. Era tão preocupado em fazer algo politicamente correto (o dito humor do bem) que se esquecia do essencial: ser engraçado. Some à isso um elenco inchado e sem nenhuma liga. Podia dar certo? Óbvio que não. Em poucos meses já se anunciava uma "reformulação" que nada mais era do que ... ficar mais parecido com o Pânico! E ficou. Saem humoristas (Miá Mello, Marcelo Marrom) .. entram as bundas (Juju Salimeni, Joana Machado). Agora avalie: se o formato do "Pânico na TV" já dá claros sinais de cansaço, faz algum sentido copiá-lo? Pois é. Mesmo assim, durante algum tempo, boa parte da imprensa continou incensando o programa como revolucionário e inovador. Ledo engano. Resumindo: não encontrou o tom, tão pouco conseguiu se posicionar entre os estilos Pânico e CQC (como se imaginava inicialmente). Pra mim, foi a grande decepção do ano. E olha que a concorrência nesta categoria é acirrada]
..
0 comentários:
Postar um comentário