25 de jun. de 2012

CRÍTICA - Pânico na Band e o culto ao mau gosto

Por Pilão de Moraes

               

Ok. É discutível a decisão de Silvio Santos de impedir que o Pânico se aproxime dele ou que o humorista Ceará o imite.

Ok. Em geral, a celebridade brasileira de fato tem uma certa dificuldade de rir de si mesma.

Ok. Provavelmente isto tem haver com o fato de que o SBT foi pego de "calças curtas" quando o Pânico deixou a Rede TV, acertando com a Band. O SBT negociou por várias vezes com os donos da atração.

Ok. Isso tem haver com o Pânico ter encostado no Ibope.

Mas nada justifica um "velório" se arrastando no ar, em horário nobre, por nada menos que 3 horas. Um verdadeiro culto ao mau gosto, travestido de protesto/homenagem.

Primeiro pelo óbvio: não é nada engraçado, o que atenta contra a própria proposta do programa.

Segundo: não faz o menor sentido, não tem pé nem cabeça.

Quem viu as últimas abordagens de Vesgo á Silvio podem atestar que, mais uma vez, o limite do "muito chato" foi quebrado. O repórter age como se o dono do baú fosse integrante do elenco do programa. Logo, deveria estar sempre disponível. Não importa o quão inoportuna ou constrangedora seja a entrevista.

A verdade é que o Pânico se acostumou a usar (sem pagar) a imagem de famosos e contratados de outras emissoras para alavancar seus números de audiência. Nada mais normal, se pensarmos que o programa surgiu num canal pequeno .. e que no Brasil Deus e o mundo são contratados da Rede Globo.

Entretanto, isto não quer dizer que as pessoas devam voluntaria e gratuitamente ceder sua imagem ao humorístico. No caso de Silvio Santos, sobretudo, qual seria seu interesse em aparecer na Band enquanto seu próprio programa está no ar no SBT?

Mas sempre foi assim, poderia dizer o leitor. Sempre ... na Rede TV, respondo.

O Pânico cresceu, está numa emissora maior e tem alcançado números de audiência de gente grande. No entanto, insistem no "complexo de vira-lata", em fazer o tipo "pobrinho".

Pois já não são.

E se querem crescer ainda mais e consolidar os bons números de audiência, precisam entender que as coisas mudaram. A concorrência daqui pra frente será muito mais dura. Golpes "baixos" como este devem se tornar cada vez mais comuns.

E isso, definitivamente, não tem nada haver com censura ou cerceamento da liberdade de imprensa, como foi insinuado por diversas vezes durante o velório do personagem de Ceará.

Cresça Pânico!

Um comentário:

  1. O certo é "tem a ver" e não "tem HAVER". Entre outros erros, péssimo texto.

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